Criado em Londrina em 1979 por Luiz Carlos Alborghetti, que o apresentou
até 1994. Nessa primeira fase, o programa se caracterizou por ser
meio "pesado", muito realista, ao contrário do que os criticos gostariam.
Já na segunda fase, apartir de 1994 até o dia 26/02/99, passou
a ser um programa mais "Soft", não menos realista, mas bem menos
pesado que na época do Alborghetti.
Em 1979, Alboghetti, vindo da Rádio Tabajara
de Londrina, criou o programa Cadeia, com apenas 5 minutos de duração.
A emissora era a TV Tropical, canal 7 de Londrina, pertecente ao dono da
CNT. No Rádio o programa nasceu em 1976, na Rádio Tabajara
de Londrina. Com o tempo o programa foi crescendo, ganhando popularidade
e confiança, que rendeu um aumento no horário do programa,
chegando a ter 1h45min de duração aos sabádos. Desde
o começo o programa era policial, incluindo a prestação
de serviços. Em 1982, José Carlos Martinez adquire uma emissora
em Curitiba e começa com a Rede OM de televisão: como era
mais fácil ter uma emissora cabeça-de-rede em Curitiba, a
TV tropical passou a ser filiada à Rede OM, encabeçada pela
TV Paraná, canal 6 de Curitiba. Com o sucesso do programa CADEIA
em Londrina e com o surgimento da rede OM, o Cadeia foi expandido para
todo o Estado do Paraná. Em 1986, Alborghetti, titular do programa,
se elege deputado estadual pela primeira vez, e nesse mesmo ano um repórter
desfalcou a equipe. Ratinho havia deixado uma dívida na TV Tropical
e para pagar essa dívida a direção da OM o coloca
na equipe do Cadeia. Nessa mesma época o Augusto Canário,
titular do CADEIA entre 1997 e 1999, também passou a fazer parte
da equipe. Alborghetti orientou o Ratinho, tornando-o seu substituto aos
sábados, quando ele não apresentava o programa. Com a popularidade
de Alborghetti, Ratinho se elegeu vereador em 1988 e deputado Federal em
1990, quando Alborghetti foi reeleito deputado estadual. Ratinho saiu da
equipe do programa nesse ano, para assumir uma vaga na Câmara dos
deputados em Brasília. O dono da CNT, concorrendo pelo mesmo partido
dos dois, não consegue
se eleger Governador do Paraná. Alborghetti seguiu apresentando
o programa, tendo em sua equipe o Repórter Augusto Canário.
Em 1992, na época do Governo Collor (pouco antes do escândalo
que resultou na cassação de mandato do Collor) a Rede OM
deixou de ser uma rede estadual, retransmissora da Rede Bandeirantes de
São Paulo, passando a ser uma rede Nacional. Contando com emissoras
em São Paulo (tv Gazeta, que passava por problemas financeiros na
época da filiação com a rede OM), Rio de Janeiro,
Paraná
e outras espalhadas pelo país. Essa época foi o auge do programa
CADEIA: Devido ao sucesso do programa no Paraná, o CADEIA ganhou
uma versão Nacional: o "CADEIA NACIONAL", que estreiou as 18:15
minutos no dia 11 de maio de 1992, data da estreia da "REDE OM DE TELEVISÃO".
Como sempre ousado e destemido, com uma boa dose de bom humor, Alborghetti
começou a se destacar e logo nos primeiros dias do programa Nacional,
já marcava 3 pontos no IBOPE, chegando a incomodar muita gente.
O Cadeia passou a ter duas versões: a paranaense (também
exibida por boa parte da "nova" Rede OM, como por exemplo no Rio de Janeiro)
e a Nacional, exibida para todo o país. No dia 23 de setembro de
1992, uma injustiça contra a "Liberdade de
Expressão": o programa CADEIA NACIONAL sai do ar na
cidade de SP, pela TV gazeta, que trocou o programa policial pela segunda
edição do "Clip Trip", um programa que era apresentado pelo
ex-diretor artístico da GAZETA FM (no tempo que aquela rádio
ainda prestava), Beto Rivera, seguindo o estilo do "Disk MTV". O Motivo
da saida do ar foi que, alguns dias antes, Alborghetti criticou duramente
o ex-governador de SP, o Sr(a) Oreste Quércia, que com toda a influência
que ele tinha no até o momento, exigiu a retirada do programa. No
resto do país o programa continua até o dia 23 de maio de
1993, quando inexplicávelmente a OM tira o programa do ar, alegando
"que o programa não emplacou ao ser exibido em rede" (o que era
uma mentira). Com o escândalo do Collor, a OM , que estava envolvida
no escândalo, é obrigada a mudar de nome, passando a se chamar
"Central Nacional de Televisão" (CNT). A emissora muda de nome e
de programação no mesmo dia em que o CADEIA NACIONAL sai
do ar.
O programa continua apenas com a versão Paranaense,
até 1994. Em maio de 1994 o SBT anuncia a sua entrada no ramo de
novela e muda de horário a 2ª edição do Finado
"Aqui Agora", que passaria a ser exibido as 20:40, aos invés das
19:45. A CNT então tenta aproveitar o púplico do Aqui Agora
e cria uma outra versão Nacional do CADEIA, o "CADEIA NELES". O
Programa estréia no dia 01/05/94 e vai ao ar até o dia 05,
saindo do ar em SP pelos mesmos motivos de 1992. No resto do país
o programa continua até o dia 23/05/98, que foi quando o Alborghetti
foi obrigado a sair dos seus programas para disputar sua 3ª reeleição.
Nesse dia ele se despede de seu público, o Cadeia Neles sai do ar
e o "Cadeia" passa a se chamar "Polícia", sendo apresentado por
um amigo dele, o radialista policial "JP".
O "Policia" fica no ar até o dia 08 de outubro
de 1994. Nesse dia JP anuncia a volta do Alborghetti p/ a segunda, dia
10/10/94. Só que nesse fim de semana Alborghetti briga com a direção
da CNT e sai da emissora, indo depois para a Rede Independência.
Alborghetti é reeleito, Ratinho não consegue se eleger deputado
estadual (desafiando Alborghetti) e o Martinez, dono da CNT, não
consegue se eleger deputado federal (só conseguiu em 1998, aproveitando
da popularidade de seus empregados). A CNT então coloca Ratinho
provisóriamente para apresentar o programa, iniciando assim a segunda
fase.
O CADEIA começa a perder credibilidade, passando
a ter apenas 20 minutos por dia entre 1995/1996. A equipe do Programa foi
reduzida a 3 reporteres: Augusto Canário, que foi o único
que não mudou de emissora com o Alborghetti, Barbosa Netto de Londrina
(outro clone mal feito do Alborghetti, que depois assumiu em Londrina o
espaço do "Cadeia") e a terceira vaga era ocupada por vários
reporteres
que não chegavam a ficar muito tempo no programa. No começo
de 1996 Alborghetti é convidado p/ estreiar o "190 URGENTE", mas
ele recusa. A CNT tinha a preocupação de voltar a ser uma
rede popular, e então eles colocam Ratinho p/ apresentar o 190.
Em 1997, com o sucesso do 190, Ratinho passa a fazer cada vez menos o CADEIA,
revezando com Canário a apresentação. O repórter
Luiz Ribeiro que até então era o 2° reporter, assume
a vaga de Canário, que deixou de fazer as reportagens. Até
que em setembro daquele ano, Ratinho vai p/ a Record e Canário é
efetivado no programa. O Programa deixa de ser exibido para o norte do
Paraná (região onde o programa nasceu em 1979. Nessa região
o clone Barbosa Netto passa a apresentar um prog. policial no horário)
e em outubro perde as edições
de sábado para o ridículo programa "Carlos Simões"
(que em 1995/1996 roubou quase todo o tempo diário do Cadeia. O
Programa só passou a ter duração maior quando Carlos
Simões saiu do ar para concorrer a prefeitura de Curitiba em 96.
Quando ele voltou, o programa tomou o tempo do CADEIA aos sabados). O programa
passa a ser exibido de segunda à sexta, das 13:10 às 14:00
hs. Em setembro de 1998 o programa passa a ser dirigido por "William Schuchman",
que promete um novo cenário (que era o mesmo desde 1995) e que deixou
o programa mais "leve", explorando o lado cômico do apresentador
Augusto Canário. No dia 03/02/1999, Alborghetti fecha contrato com
a CNT. Canário fica no Cadeia até o dia 26/02/1999, sendo
que com a volta do Alborghetti à CNT, ele perde o CADEIA para o
Alborghetti. No dia 1° de Março de 1999, Canário estreia
o seu programa intitulado "Augusto Canário" na faixa das 11hs da
manhã e às 13:10 o "CADEIA" volta a ser apresentado por seu
criador. Com isso o programa retoma as caracteristicas da primeira fase
(com matérias fortes e de impacto). Atualmente é exibido
das 13hs às 14hs, de segunda à sexta, para a Região
de Curitiba. Está previsto a expansão
do programa para todo o Estado do Paraná até o fim de Março
e em abril está de volta o "Cadeia Nacional", para todo o Brasil,
na faixa das 18:30hs às 20hs (até o dia em que
essa página foi finalizada, a data ainda não tinha sido definida).
Atualmente
o "Cadeia" pode ser captado em algumas cidades onde a retransmissora da
CNT baixa nesse horário a programação de Curitiba
(como no Acre e no Mato Grosso) e pelos sistemas de tv por assinatura digital
via satélite (miniparabóilicas, não confundir com
as parabólicas normais, daquelas que tem no mínimo 1,5m)
TECSAT (canal 11) e DirecTV (canal 165).
Foto do câmera Francisco Nassif, mais conhecido como Sabugo, a "pedra" no sapato do Alborghetti.
Estreiou
em 01/07/1996 apresentado pelo Ratinho, só porque Alborghetti recusou
o convite de voltar à CNT. Contando com equipe em SP, Rio, Paraná
(equipe do Cadeia), mostrava homicídios, tráficos, roubos
e prestação de serviços. Alcançou grande sucesso
com seu 1° apresentador, Ratinho. Passou a ser feito com auditório,
a partir do dia 28/07/97 . Considerado pela crítica muito polêmico,
pois mostrava corpos ensangüentados, "desrespeitava" o direito individual
dos bandidos" e "os comentários do apresentador (Ratinho) incentivava
a violência". No começo de setembro de 1997, Ratinho foi proibido
de fazer comentários no programa, se ele o fizesse, teria que pagar
uma multa de 200 mil reais por cada comentário e, que ele atacasse
os bandidos. No dia oito de setembro, ele critica a justiça que
o proibiu de fazer comentários e afirma que se a situação
dele continuasse desse jeito, ele iria partir para outro projeto, que seria
na CNT ou em outra emissora. No dia 09/09/97, Augusto Canário, apresentador
do prog. Cadeia, passa a apresentar o 190 (clique
aqui para mais informações). Nesse mesmo dia ele, Ratinho,
assinou contrato com a Rede Record para comandar um programa de "variedades".
Em 27/09/97, Canário sai do 190 Urgente e agradece a todos que o
apoiaram. A partir do dia 29/09/97, o 190 Urgente passou a ser apresentado
pelo ex-Aqui Agora Wagner Montes. Com sua
entrada, o 190 Urgente passou a ser mais mais voltado à prestação
de serviços com algumas reportagens policiais (os assuntos policiais
ficaram em 2° plano). Como esse esquema não deu certo, WM teve
que apelar (clique
aqui para mais informações) As matérias onde aparecem
corpos de defuntos são disfarçadas (elas vão ao ar,
mais na hora em que os corpos são mostrados, é colocado o
efeito mosaico). Segundo o apresentador, o que ele não quer que
os filhos dele vêem ele não quer que os filhos dos outros
vêem (no caso, os defuntos). Após a entrada do Wagner Montes,
o programa foi se afundando, chegando a ser inclusive cogitada a volta
do grande Luiz
Carlos Alborghetti à frente do programa (que na verdade
era a versão renovada e mal-feita do "CADEIA NACIONAL"). Com o Wagner
Montes, o 190 Urgente ficou um programa normal, um jornalístico
repleto de cadáveres e violência, sem nada de especial, virou
um programa
MORTO, já que o apresentador não
prestava. A partir de 20/04/1998 Sérgio MIcheloni entrou
no 190. Dois dias antes, no ultimo programa do WM, ele afirmou que foi
contratado p/ apresentar o 190 por 6 meses até a CNT arrumar outro
e que ele foi p/ a CNT p/ apresentar 2 prog. de prestação
de serviços. Só que aí eles caem em contradição:
Quando o WM assumiu o 190, ele chegaram a afirmar que em 6 meses o programa
passaria a ser feito em SP, mas como não deu audiência, inventaram
essa história absurda. Veja mais aqui
No dia 07/05/1998, uma Quinta-Feira, Augusto
Canário passa a apresentar o programa, no lugar de Sérgio
Micheloni (Sérgio Micheloni foi a 2ª pior cópia de Alborghetti,
a 1ª foi Wagner Montes). Canário leva p/ o 190 o mesmo jeito
irreverente de apresentar, coisa que os outros 2 não tinham. Saiu
do ar na semana de início da Copa, para ser "reformulado" , mas
como o programa não tinha mais jeito, era só "jogar terra
em cima", acabou saindo do ar. Está programada um novo programa
policial na CNT em Abril de 1999, com Luiz
Carlos ALBORGHETTI, que voltou em março à CNT
assumindo o CADEIA e que em maio reestréia o "CADEIA NACIONAL".
O site da CNT é: www.cnt.com.br
Links:
Alborghetti:
www.silber.com.br/mariano/alborghetti.html